1 de junho de 2013

Da série "Poemas do gabinete" [2]



FÔLEGO PARA O MOVIMENTO

Antes do início da banca de ontem,
tive que buscar meus óculos no carro.
Cena trivial de que a ruína
Sempre foi a ausência
do natural, do sensual,
fôlego para o movimento.

Fôlego para o movimento –
medida de usura
dos corpos. É o que transmuda
a caixa de ossos na arrogância
dos gestos mais eróticos: tônus, tórax,
suor, transporte, torpor.


Araraquara, maio de 2013.

J. C. P.

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