3 de dezembro de 2008

Novos e mornos tempos

Quando traduzi este poema, não fazia a menor idéia do sentido exato de seus versos. Traduzi a peça mais por farra, mais pela leveza da estrofe. Infelizmente, como acontece a todos nós, com o passar do tempo, especializei-me no tema da mornidão.

Como é bela a época em que ainda se supõe que o amor cortês sempre acaba em pura cortesia!



A Banheira

Como uma banheira revestida de branca porcelana,
Quando a água quente acaba ou fica morna,
Assim é o tardio abrandar de nosso amor cortês,
Ó minha muito elogiada mas-não-tão-satisfatória dama


Ezra Pound, em The Bath Tub (Selected Poems 1908-1969, Faber and Faber, p. 49)
Tradução de J. C. P.