2 de março de 2007

Um poema de P. C. Naje

Mais genial o prosador, menor sua poesia. Quando leio Naje, hesito entre o prazer e o horror. Ponho-me a pensar o quanto são belos os poemas genuína e verdadeiramente mal concebidos.


VISÕES

Cingido pelo inesperado, vi-me presa
Do destino, um mestre relapso.

Visão-cornucópia. Poeira perfilada?
Dessas visões que só vemos nenhuma vez (1).


P.C. Naje (1917-1992)
Tradução de Jean Cristtus Portela



(1) O original francês torna esse absurdo mais impressionante: "Ces visions que l'on ne voit qu'aucune fois".

2 comentários:

Delírios de Maria disse...

Andei olhando seus poemas raros.
Lindo e muito especial.
Poeira perfilada

Delírios de Maria disse...

Escrevo alguns poemas.
Passe por lá.
http://deliriosdasborboletas.blogspot.com